segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Resenha #39 - A Noite dos Mortos Vivos e A Volta dos Mortos Vivos


Um grande sucesso que deu origem aos primeiros mortos-vivos do cinema agora em versão Cinebook da DarkSide.


Confira agora a resenha do livro A Noite dos Mortos Vivos, com a continuação A Volta dos Mortos Vivos!



Em A Noite dos Mortos Vivos, Johnny e Bárbara seguem em direção a uma igrejinha afastada da cidade, para colocar flores no túmulo de seu pai, em um cemitério que ficava no mesmo terreno. Johnny reclamou a viagem toda ao contrário de Bárbara, que amava o pai e achava importante a presença dos dois.

A noite começou a surgir com muita neblina e já não se via todos os túmulos com nitidez. Johnny estava com presa de ir embora, mas Bárbara demorou um pouco para se mover, pois viu ao longe uma sombra se movendo pelo cemitério. A princípio achou que fosse o zelador, mas a criatura estava se movendo em direção a Johnny, com um olhar morto, vazio e com uma fome insaciável. Ele não era um humano, ele era uma espécie de zumbi.

Barbara saiu correndo, mas seu irmão não teve a mesma sorte. A coisa sem vida o pegou e se alimentou de sua carne. Ao entrar no carro percebeu que a criatura já estava correndo em sua direção. Desesperada, Bárbara achou que teria o mesmo destino trágico que o irmão, mas foi salva por Ben ao entrar em uma casa já devastada pela terrível praga.

“Bárbara viu seu rosto de relance. Era branco como a morte e estava terrivelmente contorcido, como que pela loucura ou por uma dor atroz.”

A partir desse momento Bárbara travou. Não falava mais, não expressava qualquer emoção. Só chorava e às vezes gritava desesperada chamando pelo irmão. Ben foi obrigado a cuidar da proteção da casa sozinho, além de manter a sanidade de Bárbara. O numero de zumbis no quintal só aumentava e eles só tinham duas opções: tentar fugir ou aguardar o resgate.

Na casa haviam mais cinco pessoas abrigadas. Um casal e sua filha que estava muito doente e outro casal mais jovem. E com essa revelação Ben sentiu sua esperança ser renovada, afinal teriam uma chance de fugir e conseguir ajuda.

Enquanto isso, o xerife McClellan coordenava uma busca por sobreviventes nas regiões mais desertas e a casa dos Miller onde o grupo estava abrigado era o próximo destino.
Na casa, o grupo tentava lutar contra as investidas daqueles seres horríveis. Se não recebessem ajuda logo seriam abatidos sem nenhuma chance de revidar. Os seres humanoides não eram fortes, mas em grande quantidade tornavam-se invencíveis.



Dez anos após os primeiros ataques dos mortos vivos, a população tenta viver normalmente, apagando aos poucos aquelas cenas pavorosas da cabeça. O que eles não esperavam é que essas lembranças voltariam ainda mais fortes e famintas por carne fresca.

Havia um grupo que ainda acreditava que aquele fenômeno inexplicável pudesse voltar e como prevenção após cada funeral ou desastre eles perfuravam a cabeça dos mortos. Bert Miller e suas filhas Sue Ellen, Karen e Ann faziam parte desse grupo, mas as meninas não concordavam com os métodos aplicados pelo mesmo. Por causa disso seu pai as maltratava com ofensas e xingamentos.

Após o primeiro relato da volta dos mortos vivos, Bert decide reforçar toda a casa, mas um terrível erro de Sue Ellen acaba fragilizando a proteção, fazendo com que os zumbis invadam a casa.
Temendo por suas vidas, as irmãs se trancam no quarto. Minutos depois são salvas por pessoas que entram na casa apresentando-se como policiais. O problema é que algumas pessoas estavam se aproveitando da situação para roubar e aterrorizar os moradores locais. 
Indefesas, as três irmãs foram obrigadas a acreditar nas palavras desses estranhos, afinal estavam armados e em maior quantidade.

“Os dois homens mortos se moviam como se estivessem conscientes da presença um do outro, mas indiferentes um ao outro. Ambos eram movidos pela mesma força, tinham as mesmas vontades. De fato, ambos desejavam ardentemente a mesma coisa: devorar a carne dos vivos.”

O xerife McClellan entrou em cena novamente, com novos soldados e uma nova missão. Agora o perigo era em dobro. Além de cuidar dos mortos vivos, precisava cuidar também dos agressores e saqueadores. Anos atras McClellan cometeu um erro em um dos resgates e agora precisava ficar atento, principalmente pela falta de preparo de seus homens.

Será que dessa vez o resgate seria realizado? As irmãs Miller sobreviveriam ao grupo de estranhos e aos ataques famintos dos humanoides? E qual será a explicação para a volta desse fenômeno terrível?


Pra quem já assistiu A Noite dos Mortos Vivos posso adiantar que não irá se surpreender tanto com o livro, já que o mesmo é uma reprodução escrita do clássico. O que chama a atenção são os detalhes misturados com a adrenalina das fugas. Diferentes dos zumbis que estamos acostumados (The Walking Dead), os humanoides de George Romero pensavam. Isso mesmo! Eles também vagavam ser rumo atraídos pelo cheiro de carne, mas por incrível que pareça, elaboravam estratégias de como conseguir seu alimento, seja quebrando um vidro com uma pedra ou utilizando alguma ferramenta para agredir os seres vivos. E eles tinham medo de fogo.

E como todo clássico de terror, tudo começa em um cemitério. Só esse início já me deixou bem arrepiada, mesmo conhecendo a história. Imagina só a cena: noite, neblina, vazio, túmulos e um vulto seguindo em sua direção. Dá medo ou não? "Simmm"!

“Eu disse ao George que gostei muito da história dele. Ela tinha o ritmo e a pegada certa, e fui fisgado pela ação, pelo suspense e pelas voltas e reviravoltas. Mas também fiquei intrigado porque “você tem essas pessoas sendo atacadas, mas nunca diz quem são os agressores... quem são eles?” George respondeu que não sabia. Então eu falei: “Acho que poderiam muito bem ser pessoas mortas”. Ele disse: “Isso é bom”. Eu continuei: “Mas você nunca diz o que eles estão buscando. Eles atacam, mas não mordem, então por que estão atacando?” Ele respondeu que não sabia, e eu sugeri: “Por que não usamos a minha ideia dos devoradores de carne humana?” Então foi assim que os perseguidores no nosso filme se tornaram zumbis comedores de carne."

Na primeira história o surto é tratado com mais detalhes. O choque de realidade foi mais intenso, principalmente entre Ben e Bárbara. Tudo aconteceu tão rápido que eles não tiveram tempo de pensar em nada, a não ser em sobreviver. A expectativa aumentava quando as transmissões da Defesa Civil funcionavam na velha TV da casa, dando informações sobre os mortos vivos e os locais de possíveis resgates. Estavam desnorteados e aflitos, querendo fugir a qualquer custo. Eles não conseguiam acreditar em nada daquilo. Parecia um pesadelo sem fim.


E após dez anos, o vírus que acordava os mortos estava de volta, porém as pessoas não eram tão amistosas e caridosas como antes. Muitos aproveitaram para causar ainda mais medo nas pessoas, através de roubos e maldades. 
Apesar do grande sucesso do primeiro filme, esse não teve a mesma sorte, talvez pelo excesso de detalhes ou pelos exageros nas mortes. Particularmente as cenas ficaram muito fortes, fazendo com que o foco nos mortos vivos fosse desviado. Houve muita violência humanas ao invés de pânico por causa dos zumbis. Mas pra quem gosta dessa pegada heavy, a continuação vai agradar.


Entre os dois, A Noite dos Mortos Vivos foi melhor! Concordam comigo?


Para saber mais informações do livro e autor, acesse o Skoob clicando aqui.


Ótima leitura!

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