terça-feira, 15 de dezembro de 2015

[Resenha #14] - Como Eu Era Antes de Você


Uma história emocionante que me fez refletir e chorar por dentro. Duas pessoas que mudaram suas vidas com pequenos gestos de carinho e amizade, e com isso se tornaram inesquecíveis. Por um lado, uma decisão que já estava firmada, e por outro, vários motivos para tentar que a mesma fosse extinta, foram os temas abordados por Jojo Moyes no livro Como Eu Era Antes de Você.




Louisa, ou simplesmente Lou, não tinha mesmo muitas ambições na vida, como estudar, conseguir um bom emprego, casar e sair da casa de seus pais. Ela era feliz apenas com o que já tinha: um emprego de garçonete em um café e suas roupas baratas e mega coloridas. Diferente de sua irmã mais nova, Lou não era muito estudiosa e com 26 anos, ainda não tinha se matriculado em uma faculdade ou em algum curso técnico. Como tudo não dura para sempre, Lou acabou perdendo seu emprego no café, o que a deixou muito triste, já que era uma renda que auxiliava nas despesas de casa, na verdade era a principal renda. Sua mãe não trabalhava e seu pai estava a ponto de perder o seu emprego também.

Além do problema financeiro e da falta do trabalho que tanto amava, Lou também tinha que enfrentar seu namorado Patrick. Eles estavam juntos há 7 anos, mas a relação não caminhava para algo mais concreto e oficial. Patrick mudou muito desde que começaram a namorar e agora era um cara atlético e meio compulsivo por calorias e carboidratos. Lou já não estava mais feliz com o relacionamento há muito tempo, mas se deixou acomodar.

Sem ter opções, Lou seguiu para o Centro de Empregos e depois de aceitar alguns trabalhos ruins, decidiu dar oportunidade a um deles, que mudaria a sua vida por completo, mesmo que ainda não soubesse disso.

“Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente — ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de parecer bater com a cara na janela dela — obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é. Ou sobre como os outros o veem”.

Will Traynor, ou simplesmente Will, é um homem de 36 anos, que adorava esportes, andar de moto, seu emprego e sua namorada. Era cauteloso e cuidava muito de sua saúde. Mas isso tudo agora não pertencia mais ao seu mundo. Tudo o que gostava ou sonhada já não era mais motivo para mantê-lo vivo e confiante de que as coisas ficariam bem.

Will sofreu um acidente terrível, não ocasionado por ele, e ficou tetraplégico. Há dois anos passou a viver enfiado em sua casa, que fora adaptada conforme suas necessidades, e não conseguia sair de sua cadeira de rodas. Ele falava normalmente, mas só pode mexer uma das mãos e a cabeça. Nathan era seu enfermeiro particular, mas a mãe de Will precisava de alguém para ajudar com os cuidados médicos e acima de tudo, que oferecesse esperança e alegria para o seu filho, já que eles tinham feito um acordo que mudaria pra sempre a vida de todos.
E é nesse momento de desespero que surge Louisa, a Abelha Atarefada.

Lou não era uma moça de grandes ideias. Ela tinha o seu jeito natural de conquistar as pessoas em sua volta. E foi assim que conseguiu se aproximar de Will e lhe proporcionar momentos inesquecíveis ao seu lado, em alguns casos mais preciosos para ela. No começo foi difícil, porque Will era sarcástico e mal-humorado, mas aos poucos isso foi mudando. Ela tinha alguns meses para convencer Will que a vida valia sim a pena, apesar de todas as dificuldades, mas é aí que a história começa a dividir opiniões.

Até que ponto podemos escolher o que uma pessoa deve fazer ou não? 
Como podemos dizer que uma coisa é melhor para quem já está totalmente decidido? 
Podemos mesmo interferir nessa decisão só porque temos a certeza que é a coisa certa?

Lou fez tudo o que pode para melhorar a vida de Will. Não saia do seu lado, levava-o para passeios incríveis, respeitando os seus limites, cuidava dele mesmo nos dias em que seu senso de humor estava em -25% e tinha certeza que conseguiria mudar os seus pensamentos cruéis. Queria muito que Will abrisse os olhos para o lado bom da vida. Essa era a sua meta.

“Eu tinha de preencher os pequenos retângulos brancos do calendário com um monte de coisas que pudessem causar felicidade, alegria, satisfação ou prazer. Tinha de preencher os dias com todas as experiências incríveis que um homem que não mexia os braços nem as pernas não podia mais realizar sozinho... Eu dispunha de cento e dezessete dias para convencer Will Traynor de que ele tinha motivos para viver”.

Will tinha outros planos. Queria mostra para Lou que a vida tem que ser aproveitada ao máximo. Não gostava de ver ela enfornada naquela casa fria e sem vida. Queria que ela voltasse a estudar, que tivesse um pouco de ambição e que aproveitasse mais os tempos livres. O que ele não queria mesmo era que ela ficasse presa nesse emprego. Presa a ele. Sabia que uma hora isso teria um fim e não poderia admitir que Lou perdesse a sua vida e o seu progresso por causa dele.

Queria ficar por horas falando do livro, porque ele é simples, de fácil leitura e porque a cada página que eu lia, sentia meu coração se despedaçar, e sem seguida uma alegria imensa. Concordei com a filosofia de Lou, com a sua determinação, mas também concordei com o sofrimento de Will. A questão de vida e morte abordada pela autora é até hoje uma questão muito delicada. Se fosse agora, comigo, não sei o que faria, de verdade.
Acho que o final foi feliz para os dois, mesmo depois de tanta tristeza e tantas desilusões.

Para saber mais informações do livro e autora, acesse o Skoob clicando aqui!



Ótima leitura!

2 comentários:

  1. Oi Ju! Esse livro é uma delicia né? É o meu preferido entre os livros da Jojo. :)
    Estou passando para conhecer o seu blog e dar as boas-vindas à Retrospectiva Literária! \o/ Agora falta pouco...
    Beijos!

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    Respostas
    1. É verdade, esse livro é lindo demais. Não vejo a hora do lançamento da continuação. Menina, to atrasada com a minha retrospectiva rs. Vou ver se já deixo tudo pronto essa semana!
      Bjs :)

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